MMA – SAÚDE MENTAL E FÍSICA?

Muito fala-se referente o MMA. Os atletas são extremamente profissionais, mas as preocupações dos pesquisadores, educadores e médicos, vão além do treinamento. Estão de olho na violência que o esporte produz. Mas, o que vem a ser violência?

Violência é um COMPORTAMENTO QUE CAUSA INTENCIONALMENTE DANO ou intimidação moral a outra pessoa, ser vivo ou dano a quaisquer objetos. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado”. (Núcleo da Estudos da violência USP).

Em Nova York, a exibição e campeonatos de MMA já estão proibidos, pois além da periculosidade no esporte, eles não enxergam um meio educacional na prática.

As Artes Marciais prezam antes de tudo a defesa de si próprio e da família, característica herdada pelas lutas e esportes baseadas nas mesmas, nos dias atuais. O conflito consigo mesmo é um obstáculo a ser superado e esse se alcança quando você procura entender a si próprio. Mas, isto não acontece mediante o estímulo ao combate e principalmente a violência.

Praticar alguma forma de defesa, onde talvez você nunca venha a usá-la ou nocautear um agressor é muito diferente de você nocautear o adversário no ringue e/ou octógono. Qual a razão de vencer? Quebrar o adversário no MMA? Alimentar o próprio ego?

Obviamente, respeito aos atletas antes de tudo, mas esse esporte é extremamente violento e nocivo aos que praticam e com certeza será aos que assistem. Afinal, um dos propósitos das Artes Marciais é formar um ser humano melhor.

Saúde física? Saúde Mental?

Se você sente-se bem com isso, ou seja, causando dor e sofrimento ao outro, ok!

No Canadá, a Associação médica quer proibir a prática, vejam a matéria abaixo:

ASSOCIAÇÃO MÉDICA CANADENSE QUER PROIBIR O MMA

A organização que representa os médicos na BC (British Columbia) está instando os seus homólogos de todo o país para solicitar junto ao governo federal para proibir o MMA, um fenômeno que está crescendo cada vez mais em cidades canadenses.

No mês passado, Associação Médica realizou uma reunião de bancada e aprovou uma resolução declarando querer que o esporte seja proibido no Canadá.

Agora, o órgão que atua como porta voz dos médicos na BC está planejando trazer essa resolução para a reunião anual do “Canadian Medical Association” em Niagara Falls, Ontário, entre os dias 23 e 25 de agosto.

Se o grupo nacional decidir aprovar a resolução, vai pressionar o governo federal para pôr fim ao MMA no país.

Dr. Ian Gillespie, presidente da organização, disse que a resolução foi aprovada porque os médicos estão preocupados com a possibilidade de ferimentos graves, incluindo danos cerebrais.

“Nós sabemos que há uma série de lesões graves que podem ocorrer, incluindo membros quebrados, lacerações e lesões cerebrais”, disse Gillespie.

“Recentemente, um lutador de MMA foi fazer sua estréia profissional na Carolina do Sul, EUA, morreu de hemorragia cerebral após ter recebido golpes na cabeça. Além desse caso, durante um evento em Vancouver, Canadá, uma série de lutadores de MMA receberam atendimento de emergência no Hospital Geral de Vancouver por lacerações, membros fraturados e grave contusão facial. ”

Os defensores do MMA discutem que o esporte não é mais perigoso do que outros esportes de contato, como o boxe.

“Muita gente está convencida de que nosso esporte é mais violento e que existem lesões na cabeça mais traumáticas do que em esportes como o boxe ou o futebol”, disse Tom Wright, diretor de operações do braço canadense do Ultimate Fighting Championship, a organização nº1 de MMA do mundo.

Ele citou um estudo da Universidade Johns Hopkins, em 2006, que constatou que, desde o primeiro evento do UFC em 1993, a taxa global de prejuízo no MMA tornou-se semelhante à de outros esportes de combate, incluindo o boxe.

O estudo disse que as taxas de nocaute no MMA são menores do que no boxe, o que sugere uma taxa reduzida de traumatismo crânio-encefálico no MMA em comparação com outros esportes de combate.

No entanto, Gillespie disse que o grupo da B.C. assume a posição de que as lutas de MMA são mais perigosas do que o boxe por causa de menores regras de segurança.

“É nosso entendimento que distingue o MMA da luta de boxe, por exemplo, a utilização de várias técnicas para nocautear o adversário que não estão limitados à socos e a menos regras de segurança. Por exemplo, o MMA permite que um lutador ataque o adversário no chão e acreditamos que essas coisas aumentem o risco de lesão grave”, disse Gillespie.

Wright disse que o UFC estaria interessado em conversar com os médicos da BC sobre a sua resolução “para dar a nossa perspectiva, para fornecer os nossos dados, para fornecer os nossos fatos porque as pessoas estão tomando decisões desinformadas.”

Ele acrescentou que na Carolina do Sul, não exige o mesmo teste médico que no UFC, como um teste de ressonância magnética.

Disse ainda que sua organização trouxe regulamentação de segurança para o MMA, como classes de peso e pessoal médico, acrescentando que o esporte precisa ser regulamentado para garantir o maior nível de segurança para os atletas.

       

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