TRANSMISSÃO

Ō SENSEI

Nasceu em Akashi e foi conhecido entre os artistas marciais da época como: Jutaro, Chosui, Uoh, Kotengu, Moko No Tora, Kikaku, entre outros. Ele foi o último guerreiro que atuou como Ninja no Japão Feudal.

SŌKE

Nasceu em Noda, sucessor das 9 tradições marciais herdadas por Toshitsugu Takamatsu, fundou a Bujinkan em 1972. Atualmente reside e ensina na cidade de Noda, província de Chiba no Japão.

DAI-SHIHAN

Pedro Fleitas é Dai-Shihan da Bujinkan, já fez cerca de 122 viagens ao Japão desde 1988, onde treina com o seu professor, Dr. Masaaki Hatsumi. Ele é um dos primeiros ocidentais a receber o diploma mais alto da Bujinkan.

DAI-SHIHAN

IN MEMORIAM
Aluno direto do Dai-Shihan Pedro Fleitas, autorizado diretamente pelo Sōke Masaaki Hatsumi a difundir os ensinamentos das 9 antigas Artes Marciais japonesas que formam a Bujinkan.

SHIHAN

Nasceu em Santo André, SP. Iniciou nas arte marciais aos 4 anos de idade, praticou Jūdō, Tae Kwon Do, Kung-Fu Shaolin e está na Bujinkan desde janeiro de 1999. Fundador do Sistema de Defesa Pessoal Goshindō.

Hisatsugu (Toshitsugu) Takamatsu (高松 寿嗣 – Takamatsu Hisatsugu), nasceu no Japão em 10 de março de 1887, na cidade de Akashi, de uma família acomodada, proprietários de uma fábrica. Chamado Hisatsugu por seus pais, ele mudou seu nome mais tarde para Toshitsugu. Assistia a escola inglesa de Kobe, cursando depois estudos no colégio Chinês de Literatura. Amante da arte e da poesia.

Durante sua vida foi conhecido pelos seus vários apelidos, Nakimushi (bebê chorão), Neko No Yamamoto (O Gatinho de Yamamoto), Kikaku (鬼角 – chifres do demônio), Moko No Tora (蒙古の虎 – Tigre da Mongólia). Agora é mantido em memória como o Bujin (o guerreiro divino) de Bujinkan, nomeado em sua honra por Sensei Hatsumi.
Foi iniciado no Ninjutsu aos 9 anos de idade por seu tio, o qual pertenceu à classe samurai na província de Iga e por seu avô Masamitsu Toda, que foi supervisor dos mestres de espada nas escolas do governo do Shogun Tokugawa e tinha um Dōjō e uma clínica de ossos em Kobe. Tendo instruído seu neto inicialmente nas escolas Kotō Ryū e Togakure Ryū, todo dia depois da escola ele podia ir ao Dōjō para instrução pessoal pelo Sensei Toda.

Inicialmente, não foi falado nem mesmo ensinado à ele nenhuma técnica, simplesmente foi arremessado em volta do Dōjō pelo Sensei Toda até o sangue escorrer de seus joelhos e cotovelos. Sensei Takamatsu dizia depois que cada dia em seu caminho para o Dōjō, ele se sentia um cordeiro sendo deixado no abatedouro. Depois de um ano cheio daqueles respectivos arremessos, Takamatsu começou a aprender a verdadeira técnica.

Do Sensei Toda ele herdou os estilos de Shinden Fudō Ryū Jū Jutsu, Gyokko Ryū Kosshi Jutsu, Shinken Kotō Ryū Karatê Jutsu, Kotō Ryū Koppō Jutsu, Gyokushin Ryū Ninjutsu, Kumogakure Ryū Ninjutsu e Togakure Ryū Ninjutsu.

Seu pai Yosoburo educou-o para que seguisse a carreira militar mas numa briga ainda jovem, sofreu uma rotura no tímpano, tendo ficado isento da mesma. Quando criança seu nome era Jutarō (寿太郎). Aos seus 13 anos praticava diariamente a arte de Kotō Ryū Koppō Jutsu para adquirir sua licença Shinden Fudō Ryū. Nessa idade venceu um lutador profissional de Sumô de 143 kg. Dois anos depois era chamado de Kotora (子虎 – Pequeno Tigre). Esse mesmo ano, o jovem Jutarō, no Dōjō de Masamitsu Toda (32º Grão mestre da Togakure Ryū), lutou e venceu o seu oponente com um Gyaku Ganseki Otoshi (lançar o adversário ao chão de cabeça). Por volta dos 13 anos, enquanto estudava em uma escola Inglesa em Kobe, Jutarō entrou para o Dōjō de Misuta Yoshitero Tadafusa, onde treinava dia sim dia não para aprender o estilo Takagi Yōshin Ryū. Aos 17 anos, na fábrica de seu pai conheceu Takakage Matsutarō Ishitani (cujos antepassados tinham sido Chūnin Ninjas nas tropas de Jōnin Hanzō Hattōri, da escola de Iga Ryū) que prestava serviços de segurança na fábrica de Kobe.

Ishitani soube que havia encontrado herdeiro para sua arte Kukishinden Ryū. Depois de anos de intenso treino concederam-se os pergaminhos secretos (Denshō) e o título de 27.º grande mestre de Kukishinden Ryū Happō Hiken Jutsu, além dos estilos Hontai Takagi Yōshin Ryū e Gikan Ryū Koppō Jutsu.

Aos 21 anos partiu para China, regressando depois, já falecida a sua noiva Kokane, Jutarō adoeceu de beriberi (solitária) e tinha afetado os pulmões. A sua avó tratava dele mas seu pai mandou-o regressar para não ir contra a lei dos Ninjas mesmo que a vida lhe custasse. Para evitar um confronto entre sua avó e seu pai, Jutarō abandonou a casa de sua avó na ausência dela. Dirigiu-se à montanha Mayasan (Maya era mãe de Buda), instalando-se nas cataratas das tartarugas. Durante a sua doença recordava os ensinamentos de seus mestres Toda, Ishitani e Mizuta.

Um ancião eremita curou-o e ensinou-lhe os segredos da natureza. Quando se sentiu curado das suas doenças praticava ao amanhecer na cascata exercícios de Kotō e Togakure Ryū. Quando estava em perfeito estado tomou o nome de Kikaku (鬼角 – Chifres do Diabo).

Depois de permanecer vários meses mais nas montanhas, viajou através da China estudando com os melhores mestres de Boxe Chinês. Competiu em várias provações e nunca foi derrotado. Neste tempo ganhou o apelido “Moko No Tora” (蒙古の虎 – Tigre da Mongólia).

Jutarō esteve na China durante 10 anos após a morte de sua noiva, por lá foi empregado por muitos mestres da guerra na Manchúria e na China setentrional. Durante esse tempo a reputação de Jutarō era a de um guerreiro completamente formado.

Lutou várias vezes como resultado de desafios pessoais, aos 26 anos foi desafiado por um mestre de Kung-Fu Shaolin de 113 Kg chamado Chō Shiryū. A terceira vez que desafiou, Jutarō aceitou. Concebeu num sonho a técnica do “Baile da Borboleta”. No sonho viu um demônio vermelho, que com uma pesada barra de ferro, tentava apanhar uma pequena borboleta, mas esta sem esforço esquivava dos golpes. O combate ocorreu na praça da colônia inglesa e o árbitro foi o nobre senhor Ren, tio do imperador da China. Depois de duas horas de combate, os movimentos de Chō Shiryū tinham se tornado lentos (ponto fraco dos lutadores pesados), a sua visão estava nublada pelo constante suor. Jutarō limitara-se a se esquivar. No fim o senhor Ren parou o combate porque Chō Shiryū não tinha oportunidade de ganhar. Deste confronto nasceu uma irmandade entre ambos os oponentes.

Durante sua estada na China, teve vários combates. Em um destes combates, um soldado a cavalo ia perseguindo-o. Takamatsu Sensei estava desarmado, mas havia uma espada no solo. Quando o soldado começou a preparar sua arma de fogo, tentando atirar em Takamatsu Sensei, ele correu, rolou e pegou a espada e a lançou cortando a cabeça do soldado.

Outra história faz referência a uma ocasião na qual foi atacado nas montanhas da China por vários bandidos. Lutou contra todos eles até que fugiram. Um dos bandidos agarrou Takamatsu Sensei pela cintura. De repente o bandido caiu para trás, diretamente ao solo, cobrindo o rosto. Mais tarde Takamatsu Sensei disse que não sabia o que havia feito ao bandido, pois somente sentiu algo úmido e quente na mão. Quando abriu a mão, encontrou um olho, logo em seguida Takamatsu Sensei o socorreu dando os primeiros socorros ao bandido.

Enquanto esteve na China, a família Kuki, detentores da Kukishinden Ryū, perderam o contato com ele, duvidando que ele retornaria ao Japão, foi então que concederam a Iuani Nangaku o título de herdeiro dos ensinamentos da escola, assim quando Takamatsu eventualmente voltasse, sua posição tinha sido preenchida. Em seguida, as escrituras e documentos da família Kuki foram destruídas pelo fogo. Mas Sensei Takamatsu foi hábil para reconstruí-los, de suas notas e memórias e presenteando-os para a família Kuki.

Pelos seus serviços ele teve a permissão para criar uma sub-escola chamada Kukishinden Ryū contendo o que ele pensou ser melhor e mais apropriado para os ensinamentos Kukishinden.

Seus professores Toda, Mizuta e Ishitani tinham passado todos os caminhos por esse tempo e Sensei Takamatsu agora treinava um pequeno grupo de estudantes em um Dōjō que ele chamou de Sakushin.

Em 1919 voltou para casa e dedicou-se à estudar os ensinamentos da seita Budista tântrica Mikko. Posteriormente, aos 30 anos de idade foi ordenado sacerdote Mikko Tendai-Shu no mosteiro Hihei de Kyoto. Tinha encontrado o
equilíbrio perfeito ao poder espiritual e ao poder do guerreiro.

Depois de seus anos como sacerdote, Takamatsu casou-se aos 32 anos em matrimônio com a jovem Uno Tane, que nasceu em 28 de junho de 1897 e morreu em 4 de fevereiro de 1991. foram morar à oeste de Iga, na cidade de Kashiwara. Eles adotaram uma garota de nome Yoshiko. Seu pai (高松義心弥三郎 – Takamatsu Gishin Yasaburō), dono de uma fábrica, recebeu o título de Dai-Ajari (大阿闍梨 – mestre) em Budismo Shingon (眞言), de um sacerdote da montanha de Kumano (熊野). Seu Dōjō foi chamado de Sakushin (策心 – Cultivando o espírito).

Takamatsu Sensei estava uma vez em uma loja, quando vários gângsters da Yakuza entraram e exigiram dinheiro de proteção do dono assustado. Takamatsu agarrou um deles, e o prendeu na loja. Os outros ele mandou de volta ao chefe deles e lhes disse que digam que “Jutarō estava na cidade. O chefe enviou uma mensagem que dizendo que a loja permaneceria só. Não se sabe se o chefe de Yakuza fosse um amigo de Takamatsu, ou se ele tivesse sido derrotado por Takamatsu em uma briga quando criança.

Aproximadamente aos 65 anos, enquanto ele estava caminhando, ele se encontrou com vários homens que batiam em um homem velho e na filha jovem dele. Os assassinos tinham hostilizando o homem por dinheiro de proteção que era algo que ele não pôde dispor. Takamatsu pisou adiante, e lhes disse que deixassem o homem em paz. A quadrilha não tinha medo de Takamatsu, até que ele chamou o líder deles de “Bozō” (menino de cabeça raspada). Chamando o líder deles de Bozō era um insulto que poucos ousariam dizer.

Takamatsu disse novamente que eles deveriam deixar o homem e a filha dele em paz, e então ele lhes disse para voltar para o chefe deles e contar que Moko No Tora dizia que eles deveriam deixar estas pessoas em paz. Bozō enviou um dos homens dele ao líder da quadrilha que tinha herdado a quadrilha de mais de 15.000 homens de seu pai. Ele apressou-se imediatamente à cena para ver Takamatsu. Ele disse que pensou que Moko No Tora estava morto. Imediatamente ele concordou em deixar a família em paz, com medo de Takamatsu. O líder enviou pacotes de flores então à família como pedido de desculpa.

Na década de 60, Takamatsu Sensei escreveu uma série de artigos no “Japan Times” (importante meio de comunicação do Japão). Todos estes artigos falaram de Ninjutsu, Budō e Bujutsu.

Em um dos artigos, Takamatsu escreveu que nas Artes Marciais, quando se tratava de combate real, era necessário estar preparado para matar o seu atacante.

Após ler o artigo, um mestre de Karatê apareceu na televisão e disse que o que Takamatsu havia escrito era errôneo, velho, não mais necessário nos dias de hoje. Ele chamou Takamatsu de “passado”. Após conseguir uma entrevista na televisão, Takamatsu disse que ele era o passado vivo e que entendera os comentários como um desafio, do qual ele aceitara. Takamatsu deu três dias para que o mestre de Karatê se retratasse publicamente dos seus dizeres. Se isso não ocorresse, Takamatsu iria lutar com ele com uma mão amarrada nas costas. Antes do término dos três dias, o mestre de Karatê se retratara.

Toshitsugu Takamatsu enfrentou aproximadamente 19 lutas, das quais apenas 7 foram em competições e 12 foram até a morte. Combates mortais eram consequência de sua fama, que incomodava outros artistas marciais. Para que pudesse sobreviver, ele ensinava artes marciais por toda a China. Chegou a ter cerca de 800 alunos, entre chineses, japoneses, franceses e americanos. Ensinava a, mais ou menos, 80 alunos por dia. Assim, conseguiu realmente ganhar bastante dinheiro para tempos difíceis como aqueles.

Após a invasão da China pelo Japão, na Manchúria foi criado pelos japoneses um estado chamado Manchukuo, onde Takamatsu foi nomeado presidente da Nippon Minkoku Seinen Botoku Kai (Organização Japonesa de Artes Marciais). Tudo isso aconteceu antes que ele completasse 30 anos de idade. Depois de ter passado 10 anos na China, Takamatsu retornou ao Japão, em 1919, onde tornou-se monge do monastério Tendai, nas montanhas Hiei, perto de Kyoto. Mais tarde ele passou a ser um dos líderes do monastério. Assim, ele arrependia-se pelos “pecados” de sua juventude.

Depois da Segunda Guerra Mundial Takamatsu investiu seu tempo em treinar seus sucessores de suas tradições marciais. Por volta dos seus 70 anos conheceu seu melhor estudante e amigo, Masaaki Hatsumi, com qual treinou durante mais 15 anos na cidade de Nara e teve como seu principal sucessor, herdeiro de 9 escolas, o mestre Masaaki Hatsumi o qual mantinha com ele uma forte amizade. Ao fim de seus dias nomeou a Masaaki Hatsumi, Sōke das 9 Ryū.

Um dia Takamatsu e Hatsumi estavam sentados na casa de Takamatsu conversando. Takamatsu em certa hora pediu que Hatsumi fechasse seus olhos. Takamatsu saiu do quarto sem fazer barulho. Voltou, então com uma espada atacou Hatsumi usando Jūmonji Kiri que são dois cortes: um vertical e um horizontal.

Hatsumi conta que ele sentiu algo errado e se moveu lateralmente, então ele sentiu que devia pular para a frente. Após isso, Takamatsu disse a Hatsumi que ele tinha o sentimento (Sakki) e presenteou Hatsumi com a espada que usou para atacá-lo. Após isso, Hatsumi recebeu o Menkyō Kaiden.

Posteriormente, Masaaki Hatsumi fundou a Bujinkan, em homenagem a seu mestre – Toshitsugu Takamatsu, onde passou a ensinar as tradições que recebeu.

Toshitsugu Takamatsu morreu em 2 de abril de 1972, com 85 anos de idade, e foi sepultado no cemitério de Kumedra (久米寺), na cidade de Kashihara (橿原), perto da cidade de Nara (奈良), que foi o último local onde viveu. Ele foi um grande homem e exemplo de verdadeiro artista marcial, sendo considerado o “Último Guerreiro Ninja”, que esteve envolvido em combates reais. Os praticantes da Bujinkan são orgulhosos em poderem participar de uma tradição que proveio deste grande homem.

Poema escrito por Takamatsu Sensei para Hatsumi Sensei:

Muito tempo atrás era um guerreiro perfeito da tradição Koppō Jutsu.
Eu era corajoso e intenso como o fogo.
Mesmo em batalhas contra animais perigosos.
Tenho um coração que é como as flores silvestres do prado.
E ainda assim tão reto e verdadeiro quanto o bambu.
Nem mesmo milhares de inimigos podem me causar medo.
Quem é no mundo capaz de manter viva esta vontade do coração do guerreiro?
Você é.
Isto me foi enviado pelos Guerreiros Divinos (Bujin).
Estive te esperando aqui há muito tempo.

Dr. Masaaki Hatsumi (初見良昭) nasceu na cidade de Noda, província de Chiba, Japão. Em 02 de dezembro de 1931; graduou-se em medicina na Universidade de MeijiTokyo, e hoje possui uma grande clínica de traumatologia em sua cidade natal. Amante da arte também inspira-se à pintar verdadeiras obras com quadros expostos em todo o mundo.

Autor do famoso livro “Stick Fighting”; que trata sobre a arte do bastão segundo o método Kukishinden, que é bem conhecido em todo os E.U.A., e muitos outros encontrados em todo o mundo.

Dan de Karatê é também expert em outras disciplinas tais como o Bō, Naginata, Yari, Tai Jutsu, Aiki Jū-Jutsu, o Jūdō, etc. Como praticante de Jūdō, foi várias vezes campeão; como instrutor da modalidade, ministrava aulas na base aérea Americana.

Conta-se que era evidente a vantagem dos soldados americanos devido a natureza de suas estaturas, foi quando percebera a limitação de suas técnicas. Dessa forma viajaria pelo Japão buscando uma Arte Marcial que superasse os limites físicos independente de quem a praticasse.

Um certo dia ele soube de um mestre e, em seguida, foi à seu encontro. Chegando à residência do tal mestre, conta-se que estava muito ansioso para conhecer aquele grande guerreiro que ouviu falar. Ao deparar-se com aquele homem baixo e franzino, por um instante ficou em dúvida de sua busca, mas naquele momento foi surpreendido por um olhar gélido que iniciava em seus pés e ia subindo paralisando seu corpo até chegar em seus olhos, onde sentiu um medo indescritível, em que só lhe passava pela cabeça sair daquele local o mais rápido possível, aquele homem baixo e franzino era o grande mestre Toshitsugu Takamatsu, herdeiro de nove tradições, entre elas as lendárias e temidas habilidades do Ninjutsu. Desse encontro surgiu uma grande amizade.

Meu mestre Takamatsu em um dado momento me disse que eu jamais seria um Meijin, mas sim um Tatsujin.

Fiquei muito desiludido quando ouvi isto, porque pensei ter conhecido o suficiente para alcançar um nível Meijin (mestre das artes de luta).

Mesmo com o passar do tempo Takamatsu não explicou-me o verdadeiro significado da palavra “Tatsujin”. Com os anos de treinamento e estudo eu havia percebido o significado da palavra “Tatsujin” e percebi o quanto importante e valioso era aquele título.

Não é necessário estar obcecado para saber quem é mais forte ou mais fraco, para se viver como ser humano. Um animal sim necessita ser forte para viver em seu habitar, mas as pessoas podem viver sem terem que provar uma para a outra quem é melhor do que quem. Esta é a característica mais maravilhosa do Ninjutsu. Foi o que aprendi com meu mestre Toshitsugu Takamatsu.

Takamatsu Sensei um ano antes de sua morte me disse que havia me ensinado tudo, “absolutamente” tudo que ele sabia. Considerou que havia cumprido com sua obrigação de passar os ensinamentos das linhagens que ele havia recebido. Desde este momento ele iria dedicar todo o seu tempo à prática espiritual.

Quando me disse isto me senti completamente abandonado, foi o momento de maior solidão da minha vida. Senti que eu não era suficientemente bom para seguir sozinho.

Reconheço que me intrigava, que um lutador como ele estivera tão interessado no estudo espiritual e pensei durante longo tempo, sobre o equilíbrio entre o estudo religioso e a prática das Artes Marciais.

A religião deve ser adequada, à aquela que irá converter uma pessoa melhor e mais forte. É natural que a religião mude de acordo com o lugar de onde vem. Em japonês, religião (Shukyo) se escreve com caracteres que significam essencial ensinamento para os seres humanos. São ensinamentos muito básicos e muito importantes que somente trocam sua forma em lugares distintos. Sendo quente ou frio, próspero ou pobre, por exemplo: Se as pessoas vivem num lugar e dependem da água para sobreviver é seguro que criem um Deus da água.”

Hatsumi Sensei – 1.988 – Japão.

Masaaki Hatsumi recebeu de seu mestre a autoridade e a posição de herdeiro sucessor em linha direta dos mestres e discípulos, remontados a 7 séculos atrás vindo a tornar-se o Grande Mestre das 9 tradições marciais japonesa.

Hatsumi Sensei criou um sistema único de treinamento englobando as 9 escolas herdadas de seu mestre, no início denominado Ninpō Taijutsu e em seguida viria a abrir as portas da filosofia Ninpō aos primeiros alunos ocidentais, sendo que há um ano atrás mudaria de Ninpō Taijutsu para Budō Taijutsu.

Foi fundando a partir de 1.972 a então conhecida hoje: Bujinkan Budō Taijutsu. O termo Bujinkan significa: “Casa do Guerreiro Divino” assim como “A Casa do Deus Guerreiro”, lembrando que este termo foi uma criação de Sensei Hatsumi em homenagem a seu mestre Toshitsugu Takamatsu.

Hatsumi havia tido o imenso privilégio de treinar durante vários anos com a direção do grande mestre Toshitsugu Takamatsu, sendo na atualidade um dos maiores especialistas japoneses no manejo de armas e condecorado pelo imperador Hiroito como uma relíquia cultural, sendo hoje considerado um patrimônio vivo para a nação japonesa.

Hatsumi iniciou seu caminho nas Artes Marciais com o Kendō, aos 7 anos de idade, e quando jovem praticou Jūdō e Karatē. Também foi praticante de Ginástica Olímpica, balé e futebol, chegando a ser o capitão do time. Na Universidade praticou Boxe e Jūdō, chegando a 4º Dan, e ainda estudou teatro.

Graduou-se na universidade de Meiji em Tokyo, e logo tornou-se um quiroprata.

Após a 2ª Grande Guerra Mundial, Hatsumi passou a ensinar Jūdō aos soldados americanos na base militar de Yokota, e por volta dos 20 anos de idade, passou a se questionar sobre o sentido de praticar uma arte marcial, pois uma pessoa maior e mais forte passava a ganhar de uma pessoa mais graduada, sobrepujando a força física a técnica.

A partir disso, passou a buscar uma arte marcial que fosse eficaz para qualquer situação, assim aos 26 anos de idade, através da indicação de um antigo mestre de Kobudō, Sōke Hatsumi encontrou seu último mestre, Toshitsugu Takamatsu, na cidade de Kashiwabara, e ficou assustado, pois não conseguia entender como uma pessoa com idade tão avançada e tão baixa estatura podia passar uma sensação de morte tão forte.

Hatsumi foi aluno de Takamatsu Sensei durante os anos 50 e 60. Hatsumi Sensei treinou constantemente com Takamatsu Sensei durante 15 anos. Antes de falecer, Takamatsu Sensei transmitiu a Hatsumi Sensei o título de Sōke, ou seja, titular de todo conhecimento antes guardado por ele, junto com toda antiga documentação, tornando Hatsumi, Sōke de todas as Artes Marciais que lhe tinham sido transmitidas.

Hatsumi também pintou diversos quadros no estilo Nihonga, tendo suas obras expostas na galeria Nagai em Tokyo e em Paris. Como escritor, Masaaki Hatsumi escreveu diversos livros sobre artes marciais. Também atuou no seriado Tokusatsu Jiraiya – O Incrivel Ninja, fazendo o papel de Tetsuzan Yamashi. E participou de outros filmes e seriados como diretor e também como coreógrafo.

O treinamento que impõe a si mesmo diariamente é muito duro e trás umas regras muito escrupulosas, como as duchas geladas matutinas, com a finalidade de ganhar uma energia especial, nada de álcool, tabaco, etc. Isto o faz ter uma mentalidade nada comum entre os artistas marciais.

Junto a esta fortaleza de espírito, Hatsumi possui uma gentileza e uma simplicidade de caráter extraordinária. Os melhores mestres do Budō chegam até ele para aprender técnicas que há muito tempo são ouvidas, as quais se encontram escritas em papiros chamados Torimaki (documentos do tigre) ou Makimono (documentos secretos) onde estão registrados, codificados e englobados junto a um treinamento psíquico e mental ocultos.

O Dōjō de Hatsumi encontra-se em Noda, junto a grande cidade de Tokyo. Seu interesse está centrado em manter o patrimônio cultural do Japão e conservar vivas as técnicas da arte do Ninjutsu. Graças a ele, esta arte permite progredir por si mesma ao indivíduo, o que motivará uma troca de sociedade. Pois teve fim à época de espionagem e morte na antiga arte.

Pedro Fleitas Gonzáles nasceu em Telde, iniciou seu caminho nas artes marciais ainda jovem, com a prática do Tae Kwon Do.

Após praticar alguns estilos marciais modernos, ainda não se sentia realizado em seu caminho marcial e achava que lhe faltava algo, assim, na década de 1980, conheceu a Bujinkan Budō Taijutsu e através de seu instrutor, o sueco Bo f. Munthe, onde teve a oportunidade de se aprofundar em sua prática e viajar ao Japão, onde conheceu Hatsumi Sensei e sentiu que a sua vida jamais seria a  mesma.

Pedro Fleitas relata que depois que teve a oportunidade de conhecer o Sensei Hatsumi e começar a ser instruído por ele, sua vida mudou, para ele, Masaaki Hatsumi é um raio de luz, o maior exemplo a ser seguido, em um mundo praticamente sem valores, Hatsumi Sensei demostra em suas ações o comportamento ideal de um ser humano justo e íntegro. Desde então, Pedro não parou mais de ir ao Japão para ser instruído pelo Sensei Hatsumi, dessa forma pode se aprofundar cada mais em sua prática, realizando o Sakki Test no ano de 1989, quando adquiriu o título de Shidōshi (5° Dan). Desde então, Pedro Fleitas se dedicou em levar sua compreensão e entendimento de Ninjutsu para diversas partes do mundo, ajudando a difundir a arte de Sensei Hatsumi pela Europa e América.

Pedro Fleitas é Dai-Shihan (Grande Mestre Exemplar) da Arte Marcial Bujinkan, já fez cerca de 122 viagens ao Japão desde 1988, onde treina com o seu professor, Dr. Masaaki Hatsumi.

Ele é um dos primeiros ocidentais a receber o diploma mais alto em Artes Marciais Bujinkan. Já ministrou mais de 900 seminários em diversos países da Europa, América Latina, América Central, Estados Unidos, além disso é praticante de Amatsu Tatara, osteopata, quiroprático, acupunturista, professor de Yoga e criador do Método do Equilíbrio. Pedro distribui seu tempo atendendo sua consulta, ministrando aulas em diversas disciplinas e viajando pelo mundo.

  • 15º Dan de Artes Marciais Japonesas Bujinkan Dōjō, emitido pelo atual herdeiro, Dr. Masaaki Hatsumi em 2004. Discípulo direto do Dr. Masaaki Hatsumi.
  • Título de Dai-Shihan concedido pelo Dr. Masaaki Hatsumi em setembro de 2014 no Japão.
  • Título honorário de Yuuro Shitennō (Quatro Imperadores da Europa) pelo Dr. Masaaki Hatsumi.
  • Título Honorário de Shitennō (Quatro Imperadores) pelo Dr. Masaaki Hatsumi.
  • Título honorário Shin Gi Tai pelo Dr. Masaaki Hatsumi.
  • Dan SDP BUJINKAN pela Federação Luta Espanhola.
  • Treinador Nacional Nível III SDP BUJINKAN pela Federação Espanhola de Luta Livre.
  • 15º Dan de Bujinkan Budō Taijutsu pela Federação Luta de Madri.
  • Treinador Nacional de Bujinkan Budō Taijutsu pela Federação Luta de Madri.
  • Instrutor Sênior da Shidōshi-Kai International do Japão.
  • Treinador Nacional de Ninjutsu pela FEB – Professor da União Unificada da Polícia Nacional.
  • Especialista em Defesa Pessoal, FEJYDA.
  • Medalha de Honra do Comitê Olímpico de El Salvador.
  • Autorizado pelo Ministério do Interior para treinar Guardas de Segurança Privada.
  • Diretor da Academia de Artes Marciais e Autodefesa Bujinkan Unryū Dōjō, fundada em 1987.
  • Medalha de Honra da Bujinkan recebida em Tóquio (Japão) em dezembro de 1990 do Dr. Masaaki Hatsumi.
  • Prêmio especial pela expansão e ensino das Artes Marciais Bujinkan recebido do Dr. Masaaki Hatsumi em Tóquio (Japão), dezembro de 1993.

Atualmente Pedro Fleitas dedica-se aos ensinamentos em seu Dōjō, na sua cidade natal e a realizações de seminários e webnários em diversas partes do mundo, passando o seu conhecimento sobre Bujinkan Budō Taijutsu, Cultura e História japonesa e Medicina natural, além disso, ele continua indo ao Japão, ainda com mais frequência, para treinar com Hatsumi Sensei e também ministrar aulas no Honbu Dōjō.

Palavras de Dai-Shihan Alejandro Jihi Ryū – In Memoriam

Eu comecei meu treinamento em artes marciais aos 9 anos, começando a estudar Tae Kwon Do.

Aos 16 anos, cativado pelo mundo do Ninja que naqueles anos foi o boom, ano de 1987. Eu empreendo a busca por alguma arte marcial em que se vestissem de preto rsrsrs, não sei se naqueles anos eram para o Ninja ou por filmes de Bruce Lee. A questão é que graças a alguns amigos que vieram me procurar para ver uma espécie de Ninjas, talvez eu nunca os tivesse encontrado.

Aos 16 anos, em fevereiro de 1988, comecei formalmente meus estudos de Togakure Ryū Ninpō Taijutsu em um Dōjō a cargo de um aluno de (na época Shidōshi-Ho) Daniel Hernandez. Naquela época, ainda não se chamava Bujinkan Dōjō Budō Taijutsu.

Naqueles primeiros anos da Bujinkan, lembro-me muito bem de ter treinado.

Treinamos algumas técnicas, mas muito, muito treinamento de endurecimento físico. As sessões de treinamento foram muito, muito difíceis.

Lembro que endurecíamos as articulações dos dedos até sangrar, com listas telefônicas na parede, batiam com Shinai nas canelas e meditávamos em Seiza com as tíbias apoiadas em vários (bastões circulares de madeira), batíamos também nos músculos de os braços, costas, abdômen e chutamos as pernas para ter maior resistência às dores e golpes. Foram anos muito enriquecedores para o espírito guerreiro.

Infelizmente, Alejandro García faleceu em um acidente de carro em 05/09/2024

Em 1991 tive a sorte de conhecer quem é o meu Mestre hoje, Pedro Fleitas Gonzalez, graças ao esforço generoso de Daniel Hernandez que organizou seminários ano após ano, trazendo Pedro até 1998.
A partir de 1991, com a vinda de Pedro, ocorreu uma grande mudança em nossa forma de praticar. Continuou sendo tão difícil, mas o conhecimento direto que Pedro compartilhou conosco foi adicionado.

Naquele ano, aprendemos o muito querido Kihon Happō No Kata.
Ano após ano o Pedro vinha para a Argentina, fiquei cheio de energia e criatividade no pouco tempo que o vi e meus mestres por aquele homem, cresceram fortemente.

Em 1994 tive a sorte de conhecer pessoalmente o nosso querido Sōke, graças aos esforços de Daniel Hernandez e Carlos Etchegaray, não sem o apoio de Pedro Fleitas, que também esteve presente.

Em 20 de dezembro de 2001, afastei-me do Dōjō de meu professor e iniciei um caminho solitário que me revelaria o caminho mais longo, mais difícil, mas mais bonito da minha vida.

Em 2001 comecei meu Musha Shugyō que durou aproximadamente 9 anos.

Desde 2001 quando deixei meu ex-professor, vim treinando sozinho e no Dōjō de vários amigos como Marcelo Ferraro, Juan Manuel Gutierrez, Maximiliano Rosatti, Christian Petroccello, Nestor Iscobi, indo visitá-los para treinar em seus Dōjō ou organizando seminários com meus alunos para que viessem ao meu Dōjō.

Foi um caminho muito difícil e solitário. Como eu não tinha um professor formal, não tinha ninguém para me graduar. Sem professor e sem dinheiro para viajar porque tenho 4 filhos, só precisei treinar e treinar mais do que poderia para poder estar no mínimo no nível de meus colegas que viajaram para o Japão e avançavam em graduação e conhecimento.

Se não fosse o apoio dos meus colegas que generosamente compartilharam o que aprenderam no Japão e trouxeram Pedro com eles todos os anos, não sei o que teria feito.

Em 2007 o Pedro me informa que pediu permissão ao nosso Sōke para fazer Sakki Test aqui na Argentina, a generosidade do Pedro, o fato de me levar em consideração além de qualquer outra coisa. Eles entendem que eu, uma pessoa comum do outro lado do mundo, insignificante… e o Pedro Fleitas, uma pessoa cheia de alunos ao redor do mundo para proteger, orientar e ensinar, pensou em mim sem nunca perguntar a ele.

Foi assim que em 2007, em um seminário organizado por Nestor e Christian, entreguei o meu Sakki ao Pedro, que sempre foi meu herói e reforçou a minha admiração e o nosso vínculo desde então, embora ainda não fosse meu Mestre.

Em 2008 viajei para o Japão em uma viagem incrível, 24 dias de puro treinamento. Todos os dias três e quatro aulas, com o dinheiro mais do que apenas nos dias em que treinava 4 vezes, fiz uma única refeição e nos dias que treinava 3 vezes, fiz duas refeições. Com aquele ritmo de treino e falta de comida, voltei para a Argentina pesando 59kg. Uma experiência que não recomendo. Levei muito tempo para recuperar aqueles 20kg que perdi. Hehe.

Em 2009, depois de muitos anos de muito trabalho, minha economia se fortaleceu um pouco e com o apoio de quem hoje é minha esposa, em 2010 me formalizei com Pedro Fleitas Gonzalez como seu aluno.

Paralelamente ao treinamento da Bujinkan, treinei Karatê, Kick Boxing, Boxe e estudei Tenshin Shōden Katori Shintō Ryū Bujutsu por 5 anos.

Em 2008 conheci Mario Lorenzo, um instrutor de Aikidō da Aikikai Argentina, que havia organizado um seminário com Erick Low, um Shidōshi de Katori Shintō Ryū, aqui em Buenos Aires. Quando descobri este sistema de Bujutsu, gostei muito do treinamento deles, então propus a Mario organizar um grupo de estudos de Katori Shintō Ryū. Acho que foi o ponto de partida para que hoje haja oficialmente o Katori Shintō Ryū na Argentina.

Em 2010 viajei ao Chile para visitar o meu Mestre e ele me concedeu o 8º Dan.

Em 2012 me casei com minha companheira desde 2009 e fomos em lua de mel ao Brasil para treinar com meu Mestre que ia dar um seminário em São Paulo, lá ele me deu o 10º Dan.

Em 2013, em um café da manhã com meu Mestre em um hotel na Argentina, ele me deu o 15º Dan, sim sim… Dei uma grande cambalhota de alegria, como costumam dizer algumas pessoas privadas de generosidade no coração. Após 25 anos de treinos constantes, sem ter parado de treinar, nem nas férias, pois sempre saía de férias com os meus elementos de treino, recebi o 15º Dan de uma das pessoas mais generosas ou talvez a mais generosa que conheci na minha vida.

Naquele ano, também recebi meu Bugo de meu Mestre. Jihi Ryū que significa “Dragão Gentil, Misericordioso e Benevolente”. Será que meu professor pode reconhecer ou ler o coração de seus alunos? Não sou eu quem deveria dar essa resposta. Talvez isso deva ser dito pelas pessoas a quem ajudei e ajudo com todo o amor e gratidão do meu coração.

Em 2015, na casa do nosso querido Sōke, enquanto olhávamos algumas fotos dos seus álbuns, ele perguntou-me se já tinha me dado a Medalha de Honra da Bujinkan, ao que respondi que não estava muito surpreendido, então ele se levantou e com o amor e a generosidade que o caracteriza me dá a medalha de ouro da Bujinkan, emoção e surpresa encheram minha alma. Outra homenagem graças ao meu Mestre.

Em 2016, em circunstâncias semelhantes, concedeu-me o diploma Shin Gi Tai Bufū Ikkan que caracteriza a união de alma, mente e corpo.

No ano de 2018 recomendado pelo meu Mestre, recebi no Japão das mãos de Sōke o título em papel, o maior que é entregue na Bujinkan, recebi o diploma de Dai-Shihan.

Ano após ano de duro treinamento e sacrifício, foi e será recompensado pelo amor de meu Mestre e nosso Sōke por mim e por todos os seres.

Não existe promessa mais forte e mais sincera do que a promessa de estender meus braços a todos que precisam de ajuda e desejam sinceramente aprender e crescer para o benefício da humanidade.

Shingan Gōshin Reihō

Que o olho divino ilumine seu coração no caminho do espírito.

Nasci em Santo André – SP em 17 de Fevereiro de 1979.

Tive o meu primeiro contato com Artes Marciais aos 4 anos de idade, praticando Jūdō durante 2 anos.
Aos 11 anos pratiquei Tae Kwon Do por 6 meses.
Aos 13 anos pratiquei Kung-Fu Shaolin durante 4 anos e meio.
Em 9 de janeiro de 1999, dias antes de completar 20 anos, dei início à prática de Ninjutsu Bujinkan em São Paulo, como aluno do Shidōshi-Ho Jefferson Flausino (hoje não mais pertencente à Bujinkan).
Em 2004 passei a ser aluno do Shidōshi-Ho Climério Santos, porém ele teve que se mudar de estado em 2006, então, no mesmo ano passei a ser aluno do Shidōshi Roberto Corrêa (atualmente Dai-Shihan).
Em 2013 passei a ser aluno do Shihan Christian Petroccello (atualmente Dai-Shihan).

Em 21 de Fevereiro de 2010 recebi do Dai-Shihan Christian Petroccello, o nome de meu Dōjō:
Shinmuryō Dōjō (Local Onde se Estuda a Verdade Sem Medida).

Em 2021 passei a ser discípulo do Dai-Shihan Alejandro García. Infelizmente, Alejandro faleceu em um acidente de trânsito em 05/09/2024. Então passei a ser aluno direto do Dai-Shihan Pedro Fleitas.

Em 2012 comecei a lecionar em São Caetano do Sul – SP e também possuo discípulos em outros estados do Brasil, para onde viajo periodicamente para ministrar treinamentos intensivos e seminários.

Fui pioneiro no Brasil a criar livros de material de estudos das técnicas com explicações passo-a-passo da Bujinkan (Denshō por escrito), assim como o site de streaming Denshō Series.

Visando a necessidade de pessoas que precisam focar em aprender a se defender de uma maneira mais rápida e eficiente, criei o sistema de defesa pessoal Goshindō (Caminho da Defesa Pessoal). O Goshindō  é como uma versão japonesa do Krav Maga.

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