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Rua Pedro José Lorenzini, 320
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São Caetano do Sul – SP
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Days and Time of Classes:
Sábados: Das 16:30 às 18:00










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O surgimento do Ninjutsu é controverso até mesmo para os japoneses, no Japão só 3 historiadores se empenharam no estudo da história dessa arte. Uma vertente diz que a tradição guerreira do Ninjutsu surgiu a partir de monges Shaolin que migraram para o Japão, surgindo a partir do Kung-Fu chinês que é considerada uma das artes marciais mais antigas de todas. Outra vertente diz que os Ninjas eram Samurais que insatisfeitos com a ordem de sucessão de suas famílias (onde o mais velho sempre assume o Dōjō) migraram para as montanhas e criaram seus próprios clãs livres de toda a formalidade do Samurai e criando assim uma arte mais livre.
Os relatos históricos apontam para o ano de 1.100 aproximadamente, ou seja, cerca de 900 anos atrás. Os Ninjas não são o estereótipo Hollywoodiano que os apontam como assassinos sem fé ou lei. Eram guerreiros (Bushi) como os Samurais, porém utilizavam táticas de combate pouco usuais tais como: venenos, armas de arremesso, táticas de espionagem, infiltração, etc. Já os Samurais sempre atacavam de frente ao oponente utilizando-se de uma lança, arco ou espada.
O Ninjutsu foi passado de pai para filho. Mantendo-se sempre na família Ninja, fato este que se acentuou depois que o governo de Tokugawa proibiu o uso das armas em artes marciais assim surgindo as artes Dō (Judō, Karatedō, Kendō, Aikidō). Assim os praticantes do Ninjutsu mantiveram anonimamente as armas em seu treinamento e curiosamente a prática com armas chegou aos dias atuais.
As 9 escolas praticadas pela Bujinkan foram herdadas por Hatsumi Sensei (Sōke e tesouro nacional do Japão) pelo seu mestre Toshitsugu Takamatsu que foi o último Ninja em atividade no Japão (trabalhou por muitos anos para o governo japonês na época das guerras sino-japonesas). Perto do fim de sua vida Takamatsu conheceu seu melhor amigo e aluno o médico traumatologista Masaaki Hatsumi que já era praticante de Karatê e estudioso em armas antigas.
A Bujinkan é uma escola liderada pelo Sōke (Mestre Máximo) Dr. Masaaki Hatsumi, com sede na cidade de Noda, Província de Chiba, no Japão. Dr. Hatsumi é um dos professores mais reconhecidos no mundo, incluindo vários anos com o título concedido pela Família Imperial do Japão como “Tesouro Nacional Vivo”, um título que recebeu por seu papel na difusão da cultura do Japão considerado parte da história do mundo.
As escolas estudadas são:
É interessante esclarecer que apenas 6 desses estilos são de Ninjutsu, sendo 3 de Ninpō e 3 de combate corpo a corpo, as outras 3 escolas estudadas são escolas tradicionais Samurai e de outras origens. O estudo desta arte não é algo que pode tratar como algo para se distrair ou perder peso, leva muitos anos para entender cada escola e de poder cultivar o conhecimento físico, mental e espiritual que forma realmente um Ninja, ou mesmo um verdadeiro artista marcial (Budoka).
Enfim, o sistema Bujinkan consiste em 9 escolas de tradição guerreiras Ninjas e Samurais sendo 3 de Ninjutsu,3 de combate corpo a corpo (Bujutsu) e 3 de estratégia militar de combate (Samurai). É uma arte marcial que sobreviveu às mudanças do tempo mantendo suas tradições ainda hoje, porém adaptada aos tempos de paz. O objetivo do praticante de Ninjutsu é o auto conhecimento, o bem estar físico e mental numa união de mente, corpo e espírito. O objetivo do Ninjutsu é a sobrevivência, por esse motivo não há a modalidade de competição nessa arte, pois suas técnicas visam operar na situação real). Deve-se praticar para nunca precisar utilizar futilmente as técnicas combativas, mas sim para obter confiança em si próprio, viver bem, ter qualidade de vida, fazer amigos e espalhar o bem.
O praticante de Ninjutsu é uma pessoa de bem com a vida que pratica por amor à arte. O Ninjutsu é apenas um modo de alcançar aquilo que precisamos para fazer do mundo um lugar melhor.
As aulas podem ser divididas em basicamente 3 maneiras distintas, que são: aulas no Dōjō, Goton-Pō (aulas ao ar livre) e eventos extras.
As aulas no Dōjō são “aulas normais”, onde os praticantes aprendem técnicas básicas, intermediárias e avançadas que só são possíveis de serem realizadas em ambiente restrito.
Já o Goton-Pō – São aulas realizadas em campo aberto, ou seja, em ambientes que promovam a liberdade de movimentos e um contato maior com a natureza, remontando também os treinamentos que os antigos guerreiros tinham em ambiente externo. Além disso, são trabalhadas técnicas e estratégias utilizando ferramentas que não são possíveis de serem trabalhadas em Dōjō. Nesse treinamento pode ser visto natação, alpinismo, rapel, trabalhos com lanças, bastões longos, arremesso de lâminas, camuflagem, treinamentos para fortalecimento físico e mental, etc. São inúmeras formas.
Os eventos extras são os encontros regionais, nacionais e internacionais, onde são reunidos grupos de diversas localidades, com mestres e instrutores de alto nível, bem como participantes vindos de todas as partes do mundo. Esses eventos podem assumir diversos nomes como Taikai, Seminários ou Workshops.
Quanto as técnicas de projetar e controlar o adversário, bem como o uso de armas, trata-se de algo mais avançado. Na verdade, é ensinado como sobreviver, seja numa situação que envolva agressão física ou psicológica.
Um dos pontos que pesa nisso tudo é o uso correto da estratégia e a postura que você assume diante de cada situação. Não adianta força física se não tiver técnica superior. Nem tão pouco se tiver boa técnica, se não tiver a estratégia certa e saber aplicá-la. Tem que existir sempre o equilíbrio.
Uma faca nada mais é que um instrumento nas mãos de uma pessoa responsável, servindo para fatiar alimentos. Nas mãos de uma pessoa sem equilíbrio mental e preparação adequada, a mesma faca poderá ser utilizada para tirar a vida de outros ou a própria. Tem que existir uma consciência profunda, é questão de responsabilidade. Da mesma forma, aquele que estuda Ninjutsu se torna uma arma viva, sem correto treinamento e consciência, este poderá criar e se envolver em situações perigosas. E isso não é admitido.
O surgimento dos Ninjas se deu com o refúgio de camponeses às regiões montanhosas de Iga e Koga em busca de paz e de uma vida normal, com liberdade e segurança. Desejavam poder viver em harmonia.
Claro que poderia ter existido grupos naquela época que eram ou usavam métodos semelhantes as dos Ninjas, parecendo-se com eles, mas isso nada tem haver com a verdadeira história e causa dos Ninjas.
O pagamento é anual e é realizado através de instrutores que lideram seu Dōjō que pede diretamente da sede no Japão. No início de 2018 o Japão parou de emitir Membership e Shidōshi-Kai, os mesmos são emitidos por cada Dai-Shihan.
Procuramos sempre boas pessoas, pessoas que possuam um bom coração e que utilizem a arte para sua melhoria antes de tudo interna, como pessoa. Sempre em busca da paz, harmonia e utilidade para a sociedade. Proteger e ajudar de alguma forma aqueles que necessitem de proteção e ajuda, lembrando que a vida é única e por isso devemos respeitá-la, vivendo a cada momento como se fossem únicos, e são.
Sensei Hatsumi resistiu por muitos anos aos pedidos de membros da Bujinkan para estabelecer um critério mensurável para os níveis, explicando que isto tende a “matar” uma verdadeira Arte Marcial, porque as pessoas tendem a focar no que elas precisam para passar de nível ao invés dos princípios básicos que possibilitam uma pessoa a agir livremente e apropriadamente na proteção da vida. O sistema de níveis da Bujinkan é muito diferente das outras artes. Pelo fato do Sensei Hatsumi ser o Sōke (herdeiro) das 9 Ryū (escolas), ele pode reorganizar o material do treinamento e a estrutura de níveis como achar adequado. Sensei Hatsumi incentiva todos os Shihan a criarem seus próprios padrões de ensino até 4º Dan. Ele controla todas as condecorações de 5º Dan acima.
É muito comum encontrar a grave confusão de comparar os sistemas de grau de uma arte e outras que normalmente não tem nada em comum. No caso da Bujinkan o sistema é totalmente único e não é fácil entender, o que cria muita confusão para quem não sabe.
Os 11º ao 15º Dan foram criados por Hatsumi Sensei para um melhor aprendizado e para justificar a máxima de que o Ninjutsu é eterno aprendizado e não existe aprendizado completo ou terminado. É um caminho para se percorrer ao longo de toda a vida, por esse motivo Hatsumi é um senhor idoso com quase 90 anos e conserva uma saúde de jovem, praticando e dando aulas até pouco tempo atrás. Hoje ele supervisiona as aulas. Com uma prática constante é possível em 5 anos atingir o grau de 1º Dan, que no Ninjutsu significa apenas que a pessoa está pronta para o verdadeiro treinamento, da branca até o último grau da verde é só uma preparação para iniciar o verdadeiro treino. Contudo é enorme o conteúdo de estudo para se atingir o 1º Dan. Consiste este estudo em técnicas ou formas de golpear (todo o corpo é uma arma), técnicas de agarre e projeção, rolamentos, acrobacias, resistência física, meditação, técnicas de luxação, uso de armas curtas, médias, longas e de arremesso. Ao atingir o 1º Dan o aluno vai estudar individualmente cada escola citada, até passar por todas as 9. O exame para o 5º Dan é feito no Japão, sendo recentemente liberado sua aplicação fora do Japão por pessoas de 15º Dan. Consiste no Sakki Test (Sakki = energia assassina). É um teste onde o praticante ficará em Seiza No Kamae (postura do Ninjutsu) de olhos fechados e o mestre aplicará um golpe com uma Shinai (espada de bambu), desta forma, o aluno deve esquivar-se no momento do golpe, sentindo o golpe através do sentimento de Sakki. Parece coisa de filme, mas qualquer estudioso em artes marciais ou medicina chinesa, sabe que existe uma energia interna chamada Ki pelos japoneses, Chi pelos chineses, esta energia se concentra no que os indianos chamam de Chakras (foi ao abrir os Chakras que Budda atingiu a iluminação) esta energia dá vida, move e interliga todos os seres vivos. Seu uso pode ser medicinal (Reikki) ou combativo (Chi Kung, Kiaiho, Kiai Jutsu).
O Ninja é um artista marcial tão sério, justo e forte como qualquer outro. Inclusive os sistemas atuais derivam das mesmas raízes dele. O tronco comum é o Bujutsu (disciplinas combativas estudadas por qualquer guerreiro). Os famosos sistemas atuais ao surgirem, o Ninjutsu já era praticado há pelo menos 700 anos, porém como já foi explicado, sua prática foi proibida pelo governo japonês da época, sendo assim, tornou-se algo obscuro por ser treinado clandestinamente no seio das famílias japonesas. Só para se ter ideia, com o sistema altamente fechado da China, o Kung-Fu só foi salvo da obscuridade por causa de Bruce Lee, pois era proibido ensinar Kung-Fu à não-chineses (ele foi o primeiro a ousar fazê-lo no ocidente), por serem os estrangeiros considerados inimigos. As outras artes tais como Karate-Dō, Aiki-Dō, Ken-Dō, etc, devem sua popularidade à Jigoro Kano, pois o professor Kano na época detinha estreita relação com os chefes de estado. O Karate-Dō deve muito a Kano Sensei.
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